Manifesto de Insatisfação com a URI Santiago Postado sexta-feira, 13 de julho de 2012 ás 14:50
Nós, acadêmicos da Universidade Regional Integrada do Alto
Uruguai e das Missões, URI-Campus Santiago, vimos através deste registrar
profunda insatisfação e desejo de mudança desta realidade com relação ao
fato ocorrido nesta semana no Campus, a demissão do professor Rodrigo
Dalosto Smolareck, o que requer maiores esclarecimentos quanto a este ato
administrativo que se fez perceber pelo profundo descaso da Universidade
com a formação dos seus acadêmicos tendo em vista a mesma ter tomado
uma decisão vertical sem sequer tomar conhecimento dos trabalhos que
estavam em andamento neste final de semestre, citamos: nossa própria
vivência as defesas monográficas cujo o orientador era este grande professor.
Qual é a lição que a Universidade quer nos transmitir quando adota como
missão a “busca contínua da valorização e solidariedade humanas” e demite o
orientador do trabalho de graduação de seus acadêmicos na véspera das
defesas sem dar satisfação a ninguém. Ou será que a Universidade está
interessada apenas sua vigência lucrativa.
Trabalhamos exaustivamente
durante semestres no desenvolvimento de nossas pesquisas e a um dia da
conclusão das referidas somos avisados, pelo próprio professor, que o mesmo
estava desvinculado da instituição. Nunca nos sentimos tão coisificados,
atirados ao descaso.
Além disso, nada nos faz entender como a instituição demite um
profissional de competência inigualável e vasto reconhecimento. Somos
testemunhas vivas da dedicação do referido professor às causas da
Universidade, inclusive além de suas atribuições institucionais. Todos
os acadêmicos que conhecem o seu trabalho também testemunham
unanimemente a qualidade do seu trabalho docente junto à instituição.
Com que finalidade a URI nos exige semestralmente a realização da
avaliação institucional se demite um dos profissionais com uma das melhores
avaliações da instituição?
Ficamos em reflexão quando em nossas salas de aula o discurso
da competência na profissão ou no ofício profissional se escuta de nossos
formadores, quando ainda sabemos que o professor Rodrigo além de um
grande educador é também um grande palestrante solicitado incansavelmente
por municípios e até outros Estados levando para além fronteira a
institucionalidade da URI, porém, na realidade nossos rostos se chocam com
um muro que vai contramão a tudo isso, assim, entendemos a universidade
como um espaço comunitário, com suas hierarquias definidas sim, todavia,
devendo ser a voz dos plurais, daqueles que fazem essa comunidade, por isso
queremos saber: onde foi repousar o cuidado humano com este educador e
nós orientandos que em menos de 24 ( vinte e quatro) horas de nossa defesa
monográfica vivemos de certa forma um manifesto de pressão psicológica:
trabalho concluso e sem orientador, pois foi demitido sem sequer atentar-se
para as demandas que ainda teria o referido, isso não é falta de planejamento
estratégico?
imaginando ter o professor como docente ou orientador?
Pensamos que o bom senso tem que imperar em alguma esfera da
hierarquia da URI, seja na Direção da Campus, seja outras instâncias. Nós
assim como outros acadêmicos estamos fazendo uma grande corrente e
desejamos que nossas vozes não se tornem apenas ecos ao vento.
Cabe registrar que o professor que ora defendemos desconhece
este manifesto e que essa decisão se dá a partir do que aprendemos na
Universidade sobre gestão educacional e sobre aquilo que a própria URI reza
como valores.
Que este manifesto se torne oficial aos treze dias do mês de julho de
dois mil e doze.
E os muitos alunos que estão fazendo suas matrículas
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