Quantas vezes já chegou até você aquele paciente pedindo um conselho de amigo, ou até mesmo falando para fazer um precinho amigo? Pois bem, existe uma enorme confusão feita pela maioria da população sobre qual é o papel do psicólogo.

A resposta é simples. Porque o seu amigo (ou mãe, irmã, parente, namorado, etc) não possui as “ferramentas” adequadas para lidar com todo o conteúdo que você irá “despejar” sobre ele. Há um limite para o “aconselhamento” do seu amigo. O limite é justamente não dispor de paciência, técnica e imparcialidade, pois muitas vezes os conselhos recebidos refletem a realidade do seu amigo, e não a sua realidade.

Em outras palavras, para compreendermos quando e para que aprendemos, criamos e repetimos certos comportamentos, e desenvolvemos formas alternativas de lidar com velhos problemas.

 

Quando nos responsabilizamos por nossa vida, nossas escolhas, nossas atitudes e comportamentos, podemos mudar essas circunstancias e é esse o objetivo principal. Ombro amigo é necessário para os momentos de dor, mas a verdadeira mudança vem de abraçar a nossa própria causa e encontrarmos formas mais adequadas de enfrentar os desafios que a vida nos impõe.

É importante salientar que a terapia não é apenas um bate papo, ou até mesmo uma série de aconselhamentos. O psicólogo devidamente formado deixará de lado o julgamento, levando em conta a imparcialidade e dando atenção para aspectos importantes da sua história e do momento atual. É importante salientar que acontecimentos do passado não ficam lá, eles nos acompanham em nossa vida. E somente alguém capacitado pode perceber que um acontecimento antigo tem impactado nos acontecimentos da vida no presente.