Tudo sobre depressão e como ajudar alguém deprimido Postado segunda-feira, 12 de abril de 2021 ás 13:27

Artigo do psicólogo e mestre em psicologia, Dr. Vilson Salbego, que atende na Policlínica PAS em Santiago. O profissional atende no fone/whats (55) 9.8151-5910 e também pelo Instagram.


A depressão é um transtorno afetivo que se caracteriza por uma tristeza intensa e de longa duração. Estima-se que aproximadamente 350 milhões de pessoas sejam atingidas por diferentes tipos de depressão em todo o mundo. Altamente prevalente acomete cerca de 3% a 5% da população geral.

Quando passamos por momentos difíceis em nossas vidas, é comum sentirmos tristeza, desânimo ou mau humor. Porém, após alguns dias esses sentimos são contornados e conseguimos tocar a vida adiante. Na depressão isso não acontece!

O indivíduo passa mais de duas semanas seguidas em sofrimento, caminhando para um estado de profundo vazio e comportamentos destrutivos.

Como resultado, o dia a dia de uma pessoa com depressão fica comprometido, uma vez que a doença passa a interferir em sua capacidade de trabalhar, estudar, comer, dormir, conviver com outras pessoas e realizar outras atividades comuns do cotidiano.

Diferença entre ansiedade e depressão

A ansiedade é uma sensação desagradável, inquietação, sensação de pressa, urgência. Pode ser um distúrbio quando ocorre em momentos que não se justificam ou quando é tão intensa ou duradoura que acaba interferindo com as atividades normais da pessoa.

Já depressão, por outro lado, é uma doença do organismo como um todo, comprometendo o físico, o humor e o pensamento. Nesse caso a forma de ver e sentir a realidade são alteradas, modificando as emoções, a disposição, a alimentação, sono, e até mesmo como se sente em relação a si mesmo.

Sinais de depressão

Os critérios atuais para diagnóstico da depressão – estipulados por entidades médicas como a OMS e a Associação Americana de Psiquiatria – determinam que, para ser detectada a doença, uma pessoa deve apresentar ao menos cinco sintomas do transtorno. Entre eles, um deve ser obrigatoriamente o humor deprimido (tristeza, desânimo e pensamentos negativos) ou a perda de interesse por coisas que antes eram prazerosas ao paciente.

1. nervosismo constante;

2. dificuldades de concentração;

3. pressentimentos negativos;

4. medo constante;

5. preocupação exagerada que não condiz com a realidade;

6. pensamentos descontrolados e obsessivos sobre determinada situação ou problema;

7. tristeza profunda

8. irritabilidade

9. perca de interesse em atividades cotidianas

10. Distúrbio do sono

11. alteração do peso

12. Sentimento de culpa recorrente

13. Raciocínio lento

14. Perda da libido

15. Muito cansaço

16. Alteração significativa de peso ou distúrbio de apetite: para crianças, isso pode significar falha no ganho de peso esperado

17. Sentimentos de inutilidade

Se não puder ajudar, não atrapalhe!

Todo os dias chegam ao consultório pessoas cansadas de ouvirem amigos e familiares interpretando sua condição como bobagem, algo facilmente superável e que basta a pessoa “se ajudar”.

Entre as principais ações que você não deve tomar com uma pessoa deprimida são:

1 - Comparar a situação dela com a de outras pessoas.

2 - Pedir para olhar pelo lado positivo.

3 - Perguntar à pessoa o que tem de errado com ela.

4 - Pedir para “simplesmente seguir em frente” ou “sair dessa”.

5 - Dizer que não pode fazer nada por aquela pessoa.

6 - Dizer que irá se sentir melhor amanhã.

7 - Estigmatizar a terapia ou qualquer outro tratamento, debochando do tratamento.

8 - Culpar o depressivo pela sua condição.

9 - Perguntar por que a pessoa não pode simplesmente ser feliz.

Tratamentos e terapias para depressão

A depressão tem cura e quanto mais cedo, mais eficaz o tratamento. Geralmente, o tratamento envolve a combinação de medicação e terapia.

O psicólogo e o psiquiatra devem andar juntos no tratamento do problema. Ou seja, o primeiro vai atacar as fobias e o segundo vai indicar a medicação adequada para acabar com os sintomas de depressão.

Os tratamentos são complementares e demoram alguns meses, mas são fundamentais para a cura.

Se o seu familiar, amigo ou colega tomar uma decisão destrutiva e avaliar que o vazio é insuportável, decidindo então pelo suicídio, aí você vai querer ter agido antes. Não permita que isso aconteça, o ajude!

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