Região: Ex-militar que matou a mulher grávida é condenado a 54 anos de prisão Postado quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025 ás 01:30
O ex-militar Paulo Cezar Franco da Silva Júnior, de 25 anos, acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foi condenado a 54 anos e quatro meses de prisão pela morte da companheira grávida, em maio de 2021, na cidade de Alegrete. A vítima, Dienifer Aranguiz Gonçalves, de 18 anos, estava grávida de seis meses quando foi morta. O Tribunal do Júri ocorreu na sexta-feira, 14 de fevereiro, no Foro da Comarca do município da Fronteira Oeste.
O cumprimento inicial da pena é em regime fechado e os crimes são homicídio qualificado, sendo reconhecidas quatro qualificadoras: feminicídio, asfixia (enforcamento), motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da jovem, majorado pelo fato dela ser gestante. Ele também foi condenado pelo crime de aborto provocado em terceiro no contexto de violência doméstica.
Conforme a denúncia do MPRS, o feminicídio ocorreu porque o réu tinha dúvidas sobre a paternidade da filha que a vítima esperava. A mulher foi sedada e enforcada. A promotora de Justiça Rochelle Jelinek, que atua na Comarca, atuou no júri.
“Esse caso teve uma peculiaridade, pois a Polícia Civil concluiu a investigação sem indiciamento, como suicídio. Fui procurada pela família da Dienifer, em um trabalho do MPRS de acolhimento às famílias das vítimas. Diante da inconformidade da família, o MP assumiu a continuidade da investigação, e os celulares do réu e da jovem foram periciados pelo Núcleo de Inteligência do Ministério Público (NIMP), e partir dos metadados dos celulares conseguimos desvendar que, no momento em que a jovem foi morta, o réu estava com os celulares de ambos em sua posse, conectados à rede wi-fi do apartamento do casal, no local do crime e na hora do crime. O pai da vítima faleceu de infarto meses depois do crime, abalado com o que ocorreu com a filha e a neta. Mas, onde ele estiver, conseguimos dar essa resposta a esse pai e à família. O julgamento terminou de forma emocionante, o salão do júri estava lotado e todos se ergueram e aplaudiram em pé”, contou a promotora.
Com informações do Ministério Público. A foto da promotora é do MPRS. A foto da vítima é de Redes Sociais.
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